quarta-feira, 26 de março de 2008

Como somos gregários

A chegada a umo novo local, com novas pessoas, novo ambiente e as correspondentes regras não é fácil. Temos a necessedidade de criar os nossos territórios e protegermos a nossa pessoa e criarmos uma imagem que nos espelhe.

Em locais isolados e desconhecidos com algum risco associado esta atitude tem de ser doseada para que se posam criar as pontes de contacto que nos permitam deixar o isolamento e fazer algo em comum, ter assuntos de conversa, ajuadar outros a crescer.

 IMG00488 A deslocação a Angola e à base foi um destes c asos. o propósito era formar as pessoas na utilização de uma nova ferramenta de gestão de projecto que a empresa adquiirira e que era exigida por alguns dos trabalhos que realizam. Mais de metade das pessoas a que se destinava a formação nunca tinham visto ferramentas similares, mas estavam envolvidas em processos de trabalho a que estas ferramentas se destinam. Foi assim mais fácil estabelecer contacto já que em grande parte falávamos a mesma linguagem.

IMG00499O grupo era composto na sua maioria por pessoas já há algum tempo deslocadas e, assim, já habituadas às condições. Os poucos que tinham chegado há menos tempo foram aqueles com que me senti mais adaptado, já que tinham problermas similares de adaptação e me ajudavám a ocupar os muitos tempos mortos.

Até li o livro que um deles acabara de escrever. História ligeira e com boas descrições das personagens. Talvez lhe mudasse o final, mas bom para passar o tempo.

domingo, 23 de março de 2008

Como com abundância se faz medíocre

Essencial para quem está a trabalhar deslocado é a alimentação. Neste caso, restaurantes ou até «tascas» são coisas que não existem e ainda mais quando nos encontramos a mais de 5 Km do centro da cidade. Vende-se de tudo ao longo das estradas, mas não vi nada que se pudesse pensar ser uma casa de pasto que servisse uma refeição.

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A única forma de alimentar os trabalhadores nas empressas é oferecer a alimentação em refeitório, o que até é a solução que em todo o mundo evita perdas de tempo.

Na base, o refeitório tem horários estabelecidos e rígidos para evitar abusos. As refeições são iguais para todos os trabalhadores e ao almoço as refeições são realizadas no refeitório, para todos os trabalhadores só os quadros almoçam, durante a semana de trabaho, numa sala separada em que encontram aqueles que estão na base a essa hora. Os que estiverem em obra tomam aì as suas refeições nas condições em que for possível.

A comida é farta, não há limites a repetição, mas a apresentação que tem, o resultado final e o sabor não ajudam a repetições. Ninguém tem fome, mas também ninguém fica satisfeito pela qualidade alcançada. Exemplos flagrantes são as refeições grelhadas em que os pratos oferecem os seus componentes principais, carne ou peixe, com o preto como cor forte.

Alguém se imagina a comer ao jantar umas fanecas grelhadas até queimar com arroz. Espantoso.

Como é possível tendo os componentes principais com relativa qualidade, as ferramentas de fabrico modernas e a mão-de-obra conseguir ter resultados tão medíocres. Um problema elementar de gestão cujo diagnóstico é simples: não há efectivo controlo de execução do serviço e os resultados reflectem a impreparação dos executantes e a desatenção dos responsáveis - o cozinheiro.

sábado, 22 de março de 2008

A Vida na Base

Em Angola é uma hora a mais do que em Portugal, neste momento. Habituado como estou a levantar-me cedo, troquei as horas todas e, para não apanhar calor, levantava-me para correr às 5.30 (significaria se estivese em Portugal, que eram 4.30). Tomava bano às 6 horas e às 6.30 estava no pequeno almoço, que terminava às 7.15.

IMG00491Na base todos têm de estar a trabalhar às 7.30 e os expatriados dão o exemplo.

Para mim que tinha um trabalho específico, esta situação significava ficar à espera das 7 às 9 para poder começar o trabalho.

Aproveitava para rsolver problemas correntes da vida, responder ao correio, tratar de coisas pequenas e preparar as sessões de formação que iniciava àquela hora.

O primeiro dia correu muito bem e o trabalho terminou um pouco depois das 17 horas. O almoço foi às 12.30 acompanhamdo os participantes da formação.

O jantar tinha de ser tomado às 18.30 e depois voltava para a sala para ver mais umas coisas no PC e falar com os últimos a chegarem à base.

Depois ia para o quarto, via um pouco de TV e ia dormir depois de ler.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Em Angola por dias

Este blog conta e mostra algumas das expriências de vida «fácil» que vou tendo devido à minha profissão e ocupação.

Esta é a experiência de 6 dias em Angola para formação numa empresa industrial com obras importantes em toda Angola.

Na rua e na venda

A vida e a percepção do funcionamento de Luanda nestes dias é como a foto, está lá tudo, mas está torto e com tendência a não se aguentar.

Vou-lhes contar como em conjunto com alguns expatriados portugueses que procuram, trabalhando duro, numa empresa angolana, endireitar e ajudar a mudar para melhor esse país tão rico e de tantas diferenças.