segunda-feira, 7 de julho de 2008

Almoço em Futila

Hoje é sábado e o programa está cheio. Vamos almoçar a Futila uma praia na estrada antes do Malongo (a base da Chevron em Cabinda). Um restaurante com uma pequena piscina mas onde se come muito bem.IMG00770

Seguimos para lá ao final da manhã, que perdemos a tentar organizar a casa de passagem onde estamos isntalados, para a aoutra equipa que está cá - a tripulação de um navio. São italianos e estão completamente desajustados e imbuídos duma importância que os leva a querer condições acima das que é possível atribuir em Angola e, muito mais, na província.

Enfim uns «dottores».

Chegámos pelas 13 horas. Estava muito cinzento e até frio. Pusemo-nos em fato de banho, encomendámos uns camarões com gin tónico, para tomar ao pé da piscina e garoupa grelhada com vinho branco ao almoço. Estva muito pouca gente no restaurante e fomos atnedidos de seguida. Fabuloso só era pena o tempo estar frio.

IMG00776 Após o almoço voltámos para Cabinda, para nos prepararmos para o casamento do ano em Cabinda. Só o jantar, porque aqui não obrigam toda a gente a ir ao casório à Igreja e ao registo - aonde só vão os padrinhos e família chegada. Mas convidam toda a fina flor da cidade para um jantar, depois das 21.30, no cinema da cidade, de onde se retiram os bancos. Um show, com foguetório, e fotografias, com todas as meninas vestidas a rigor e os homens de fato e gravata.

Até o João - marinheiro - foi obrigado as ir e andámos pela cidade à procura de um fato a condizer para a ocasião. Isto foi o que se arranjou e foi até melhor que aquilço que se esperava.

As imagens do casamento estão em Casamento da Bia em Cabinda

O velho marinheiro

Sabes como é que dois porcos-espinhos fazem amor?

Está conosco mas a trabalhar há meses para o porto um 'velho' marinheiro já reformado que para aqui veio qunado acompanhou dois rebocadores adquiridos em Setúbal. Ficou para ensinar aos trabalhadores da operação algum do seu conhecimento. Mas eles só aprendem o que querem que nunca é o que necessitam.

IMG00756 Assim, vai para o trabalho e tenta levar isto da melhor maneira que pode, entretanto criou uma vida própria semelhante à que muitos aqui vivem - uma mulher e algumas 'damas' - o que lhe garante algum equilíbrio no trabalho de doidos em que se comprometeu vai para mais de seis meses.

Para não se enganar nos nomes das meninas chama a todas fofinha e trata todas o melhor possível. Chegou já a juntar todas a uma mesa e a safar-se sem elas saberem. Grande homem!

Então tem uma menina de 15 anos - a OFICIAL, a quem pagou a Casa das Tintas (ou seja, a escola dos familiares e amigos da família que a vão ensinar a  viver com ele em todos os sentidos), e uma que é manicyre, a segunda (esta não coinhece as outras) e, finalmente uma congolesa que vem de vez em quando a Cabinda e que deve andar com outros, claro..IMG00780

Não se cala, tem sempre uma anedota, uma piada ou uma resposta e ninguém consegue estar mal disposto ao pé dele. Tem também um talento para tudo o que tenha a ver com o trabalho dele e consegue encontrar as soluções para os problemas, sem nunca pôr em causa as pessoas com que trabalha e de quem na maior parte do tempo discorda.

Fala tanto que à svezes cansa.

Agora a resposta à adivinha:

Os ouriços fazem amor, com muito, muito, MUITO CUIDADO.

Sempre o trabalho

Apesar de a estadia ser motivada por trabalho e estarmos sempre envolvidos neste, lá se consegue fazer outras coisas que vão surgindo através da ligação ao local e às pessoas.

Estou convidado, para estar no próximo sábado, no casamento da moda emCabinda. Vai lá estar toda a gente importante da terra claro. Aqui tinha de ser diferente, então agora fazem os casamentos à noite.

Vamos só ao jantar, depois falo sobre isso. Hoje vamos falar sobre as condições de vida em que deposi se vai trabalhar. O quarto, a comida, as instalações sanitárias e as condições gerais - água e electricidade.IMG00765

Estamos a viver naquilo que eles chamam uma «casa de passagem». Uma casa alugada com condições medíocres de habitabilidade na qual foram feitas algumas modificações e se adaptaram ou adquiriram alguns meios.

Os quartos são mesmo o mais elementar e os colchões têm as molas cansadas. Depois de umas horas de sono tenho as costas com tantas dores que tenho de as massajar para me levantar.

Aqui, nesta altura do ano, durante a noite a temperatura desce até aos 12 - 14 graus e até ao segundo dia não havia cobertores. Agora porque os comprámos temos uma mantinha que nos tapa as costas. Pelo menos já dormimos sem frio.

IMG00766 A comida é cozinhada por uma cozinheira, mas como somos entre 7 a 10 pessoas. ela engana-se com regularidade na quantidade e nunca para mais. Assim, ficamos pela fruta ou comemos depois noutro lado qualquer coisa. A àgua é transportada por um camião tanque, não é potável e eles esquecem-se que para tanta gente têm de encher o depósito cada dois dias. Faltou na quarta e hoje sábado também. A seguir levam 6 horas para reencher. Só pequenas crises, que se resolvem de forma simples.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Sempre em festa

Como estamos deslocados, em trabalho, temos a sensação que o mundo à n ossa volta como que anda mais devagar e que, como desconhecemos as pessoas do novo lugar,   IMG00740 a vida não decorre a um ritmo tão rápido como a nossa.

Na noite da chegada fui convidado para o aniversário de uma rapariga da empresa, no restaurante em que normalmente ficamos quando em Cabinda.

Festa cabindense com lagosta, galinha filhote e peixe com para aì umas 30 pessoas.

Depois de um dia de trabalho no fim de uma viagem de 1 dia deu para não me incomodar com as más condições de alojamento e dormir umas horas.

Do alojamento falaremos a seguir, que esse será tema de alguns escritos.

Tenho um problema por resolver. O acesso à internet para publicar isto, vou tentar ir a um quiosque internet.

Chegada a Cabinda

A viagem até correu bem, sem problemas no avião nem à chegada a Angola. Fiquei a dormir num hotel - tipo residencial de 2 estrelas - perto do aeroporto de Luanda. No dia seguinte,

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às 6 da manhã lá fomos para as carreiras domésticas, apanhar o avião para Cabinda.

A gare estava muito sossegda e pelas 9 da manhã já embarcara num Embraer 125 já com uns milhares de horas de voo. Mas estas são as condições do paìs e apesar disso, nem há muitos acidentes.

O voo demorou 1 hora e a aproximação ao aeroporto foi espantosa já que voámos durante uns 5 minutos a pouco mais de 100 metros de altura, num autêntico carrossel umas vezes para baixo outras para cima. A bordo tudo sossegado pois esta é a forma normal de chegar ao aeroporto de Cabinda.

IMG00733 O aeroporto de Cabinda apesar de pequeno era moderno e com um aspecto muito profissional, a léguas de distãncia da balda confusa que se sente em Luanda.

Foi chegar e começar a trabalhar porque ainda estava por montar uma parte importante do sistema.

Parecia que esperavam que lhes viesse resolver todos os problemas.