No nosso segundo dia em Moçambique partimos às 6 da manhã para a Ponta de Ouro – uma praia nos limites territoriais do Sul do paìs, na província de Maputo.
A viagem só se pode fazer de jipe. Os cerca de 100 Km de viagem levam-nos 3 a 4 horas por todo o tipo de estrada, picada, areia, buraco, etc. Viagem alucinante para quem desde que saíra da Turquia, dois dias antes, só tinha dormido um total de 12 horas em 3 dias. Aliás essa é amelhor descrição para este fim-de-semana em Moçambique.
Para lá chegarmos temos de atravessar o rio Maputo de ferry. O barco tem aì uns 40 anos e leva 12 carros bem apertados. Para além do Ferry o atravessamento para Catembe faz-se também em barcos pequenos de transporte de passageiros que seguem sempre cheios, mas que partem constantemente do mesmo cais – quase um shuttle.
O nosso motorista – Santos – pôs-nos logo à vontade ao sair de Catembe mudou duas vezes de estrada. Tinha um conhecimento assim assim do caminho. Mais tarde, soubemos que o GPS dele era a linha de média tensão que saía de Catembe até à fronteira.
Lá fomos por estradas de terra, de alcatrão rebentado, de buracos, de areia e por estrada nenhuma com paragem para um café e chegámos ao meio-dia à praia de Ponta do Ouro mesmo no final de Moçambique com fronteira com a África de Sul. Vista fabulosa, areia de verdade, ondas cavadas e seguidas mas mansas, água quente. Uma sensação inesquecível.
Ficámos 1 hora na praia, para podermos almoçar descansadamente e depois enfrentarmos, pela mesma estrada, o regresso. A ementa foi camarões, que aqui são como a sardinha, mas a forma como os cozinham torna-os em duas vezes fastidiosos e sensaborões, já que é sempre a mesma coisa.
Agora um mapa para conhecerem a estrada que fizémos. Autênticas auto-estradas, bem desenhadas e cheios de tráfego.
De facto, a estrada, caminho ou montes de areia tornou esta viagem em qualquer cois impossível de esquecer, com velocidades variando entre os 70 e 0s 10 Km e com as pessoas a saltarem com os solavancos no banco de trás.
Quando chegámos para embarque parecia dia de regresso em Troia para o ferry, à moda de Moçambique, estavam 15 carros à espera do transporte mas lá conseguimops vir no primeiro com alguma negociação.
Conseguimos jantar perto do Hotel e às 10 da noite consegui arrastar-me para a cama. Tinha terminado um fim-de-semana alucinate e no dia seguinte tinhamos de começar o trabalho que nos trouxera a Moçambique. Para sexta-feira fica o último passeio à praia de Bilene, a duzentos Km ao norte de Maputo.
As fotos da viagem a Ponta de Ouro estão aqui.
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