terça-feira, 5 de maio de 2009

A Gripe A

Os assuntos dos políticos e dos jornalistas parecem cada vez mais serem similares e já não se percebe quem é que comanda a criação de interesses e notícias.

Esta coisa da gripe A é, a par dos problemas do Sr. José Sousa, mais uma cortina de fumo para esquecer a solução dos problemas que a política deveria tratar. Ninguém pensa em como é que o nosso País alguma vez equilibrará as suas contas, ou como é que vamos melhorar a agricultura para reduzirmos a dependência das trocas internacionais. Estes até são problemas demasiado grandes para a maioria dos portugueses e, alguns, só de pensarem neles ficam com dores de cabeça.

O futebol é que é bom. Destes «problemas» todos sabem falar e não há quem não tenha uma filiação clubística e não sofra com as derrotas que ora acontecem e. apesar do desemprego e da instabilidade, consegue exultar com as «vitórias» e «empates».

Agora a gripe A é um furo. Ninguém percebe bem se é grave; gripes até há todos os anos e para elas criaram-se vacinas, mas de repente vem aí uma que parte do porco e como nasceu num paìs onde a higiene é ainda uma luz ao fundo do túnel, matou algumas pessoas que deixaram agravar uma coisa que parecia normal. Daí a falarem numa «pandemia» foi um ai. Mas julgo que nem ao dicionário forma ver o que era o palavrão (pandemia – Doença que atinge quase a totalidade dos habitantes de uma região; Em termos médicos, Doença que ataca ao mesmo tempo um grande número de indivíduos da mesma região ou a maior parte dos povos do Globo.)

Ainda bem que eles não sabem o que é uma pandemia e também não procuram informar devidamente o público, senão já tínhamos açambarcamento, máscaras na cara das pessoas na rua e todos a desconfiar da tosse dos outros e a perguntar se esta é mesmo «santa» ou A.

Enquanto estou a escrever isto há um monte de jornalistas dedicados a encontrar um caso de gripe A em Portugal, ou um suspeito com hipóteses de tossir e ficar mal da barriga. Assim vai a vida.